sábado, 8 de agosto de 2009

POEMAS DO MEU AVÔ


O BOM MALTEZ

Filho de desgraça ou desventura,

tendo a alma limpa de pecado

nunca encontrará amor, ternura.

Vive para o mundo condenado !

Os paes não recorda o desgraçado,

seguindo penitencia pura

basta-lhe água e um bocado,

a Eternidade é-lhe segura

O mundo é seu ! Deus assim o quer.

Caminhando sempre sem destino, 

nunca faz mal, venha o que vier.

Sem leito, é sempre pequenino,

ar p'ra respirar, sol a aquecer.

Vê, gosa, adora o que é divino

(Monte da Retorta - 19-4-1926)

LEOPOLDO PARREIRA

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SINES, ALENTEJO - SERPA, Portugal
“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.”