Poema do Barão de Pindaré Jr.*
Não tomava banho e fedia a alho
e cebola e as ceroulas ferviam
nas tardes tórridas
de sua Quinta,
sexta, sábado e domingo.
Era o VI,
o sétimo dia
sem banho,
meu nobre João,
rei expatriado,
sentado em seu trono
de vários continentes.
Entrementes,
ardia e todo mundo sabia
de suas manhas
para fugir dos asseios
quando então
construíram em São Cristóvão,
por artimanhas de médico
e curandeiro,
uma Casa de Banhos
- aromáticos, profiláticos -
em que metia suas banhas.
Dom João VI inaugurou
nosso primeiro spa,
entre outros incontestes
pioneirismos