Retrato de Mulher Triste
Vestiu-se para um baile que não há.
Sentou-se com suas últimas jóias.
E olha para o lado, imóvel.
Está vendo os salões que se acabaram,
embala-se em valsas que não dançou,
levemente sorri para um homem.
O homem que não existiu.
Se alguém lhe disser que sonha,
levantará com desdém o arco das sobrancelhas,
Pois jamais se viveu com tanta plenitude.
Mas para falar de sua vida
tem de abaixar as quase infantis pestanas,
e esperar que se apaguem duas infinitas lágrimas.
Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)
“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.” De MÁRIO DE SÁ CARNEIRO
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
RETRATO DE MULHER TRISTE
Seguidores
Arquivo do blogue
-
▼
2009
(106)
-
▼
setembro
(15)
- POEMAS DE MEU AVÔ-NOVENA DO LAVRADOR
- TRADIÇÃO ORAL
- Um dia a maioria de nós irá se separar.Sentiremos ...
- POEMAS DE MEU AVÔ-NOVENA DO LAVRADOR
- RETRATO DE MULHER TRISTE
- PAIXÃO
- Sem título
- POEMAS DE MEU AVÔ- NOVENA DO LAVRADOR
- http://
- SE FORES UM DIA A SERPA
- POVO QUE CANTA NÃO PODE MORRER
- Sem título
- LINDAS FOTOGRAFIAS
- A SENILIDADE DO BARÃOPoema do Barão de Pindaré Jr....
- POEMAS DE MEU AVÔ- NOVENA DO LAVRADOR
-
▼
setembro
(15)
Acerca de mim

- ANCIÃO
- SINES, ALENTEJO - SERPA, Portugal
- “Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.”