
O Boi
Dando todo o seu valor
ao arado que conduz,
não vê ele o que produz,
escravo d'outro senhor.
Ouvindo a canção dolente,
entoada com carinho,
entristesse o pobrezinho,
quem o guia vae contente.
E foi a sua humildade,
sacrificou seu destino,
p'rá ingrata humanidade,
que não vê o que é divino !...
Ele de boa vontade,
Bafejou o "Deus Menino" !...
RETORTA 8-XI-1925
Leopoldo Parreira