terça-feira, 29 de setembro de 2009

POEMAS DE MEU AVÔ- NOVENA DO LAVRADOR


O Boi



Dando todo o seu valor

ao arado que conduz,

não vê ele o que produz,

escravo d'outro senhor.



Ouvindo a canção dolente,

entoada com carinho,

entristesse o pobrezinho,

quem o guia vae contente.



E foi a sua humildade,

sacrificou seu destino,

p'rá ingrata humanidade,



que não vê o que é divino !...

Ele de boa vontade,

Bafejou o "Deus Menino" !...


RETORTA 8-XI-1925

Leopoldo Parreira

Powered By Blogger

Seguidores

Acerca de mim

A minha foto
SINES, ALENTEJO - SERPA, Portugal
“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.”