quarta-feira, 9 de setembro de 2009

POEMAS DE MEU AVÔ-NOVENA DO LAVRADOR


O ARADO I



Onde aves tiveram ninho,

sae primeiro o seu futuro,

para trabalho tão puro;

de já velho e tosco azinho.


Depois a arte transforma

e vae juntar-lhe o metal

que produz o bem ou mal

conforme é a sua norma.


Logo que á terra voltou

como quem lhe pertencia,

seu corpo todo gastou.


Enquanto ele estremecia,

o bom lavrador cantou

e para ele sorria !...




O ARADO II



Para o velho lavrador

é o seu melhor amigo

e vem já de tempo antigo

vivem em paz e labor.


O arádo pede á terra

a riqueza do celeiro;

quem o guia prazenteiro

espera o que ela encerra.


No quando chega o bem

que a ambos é devido,

não despresando ninguem!


O pobre é socorrido,

a felicidade vem,

Deus fica reconhecido !


Estoril 30-X-1925

Leopoldo Parreira

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SINES, ALENTEJO - SERPA, Portugal
“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.”