sexta-feira, 16 de julho de 2010

Mais um poema do Avô Leopoldo



O MALMEQUER
É linda flor que eternisa,
dando o bom ou falso amôr.
Sacrificado na dôr,
uma crença profetisa.
Tantas pétalas eguaes
mas logo que é colhido,
dão-lhe diferenças mortaes,
no bem, no mal, no esquecido.
Quando a pobre é desfolhada
- diz mal a ultima vez -
a primeira é sempre amáda.
Fica em completa nudez
e julga-se desgraçada,
aquéla que mal lhe fez.
Retorta, 2-5-1926
LEOPOLDO PARREIRA
(Como sempre, respeitei a ortografia original)

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SINES, ALENTEJO - SERPA, Portugal
“Eu não sou eu nem sou o outro, Sou qualquer coisa de intermédio: Pilar da ponte de tédio Que vai de mim para o Outro.”